quinta-feira, março 31, 2005

Alguém vê aqui Portugal ? Não ? De certeza ?
Olha se a Vicaima vê aqui alguma coisa interessante....
Liberdade de Imprensa

terça-feira, março 29, 2005

Vão trabalhar malandros

Administrador da Vicaima hoje para os jornalistas em reportagem:

"Vocês não têm o que fazer?
Vão trabalhar!!"

Civismo

segunda-feira, março 28, 2005

A animação de rua em Portugal
C2
Vermelho chão
Chuva vermelha

Mau serviço

Cada vez mais mais mau serviço, público e privado, em Portugal.

Restaurantes deixam as pessoas nas mesas quartos de hora seguidos como se os clientes fossem invisíveis.

Empregados de megastores não fazem a mais pequena ideia de como funcionam as máquinas que vendem. Os das pequenas lojas também não.

Funcionárias dos Centros de saúde que ignoram as pessoas olimpicamente enquanto conversam sobre as gracinhas do cão lá de casa.

Por todo o lado a cultura da ignorância e da irresponsabilidade tipo " a culpa não é minha".

E se calhar não é. Porque gente miseravelmente paga e sem formação não pode saber que não sabe.
Estes são os empregados.

E os outros ? Os empresários?
Também não sabem?

Se calhar não. Se calhar sabem. Mas a distribuição demográfica em Portugal dá-lhes razão.
Há muito mais C2 que dos outros.
E os C2 não reclamam.

Estão demasiado ocupados.

A tentar sobreviver.

domingo, março 27, 2005

Pomba sem ser da Páscoa nem nada
Este é ele
Fibonacci

sábado, março 26, 2005

De noite nem tudo é pardo
Cigarro, anel de noivado, renda, negro, mãos, o que vemos quando olhamos?
Não há realidade
Silêncio
Peónias, a Natureza versão luxo
Olhar do céu

sexta-feira, março 25, 2005

Olhar o céu

Páscoa

Abatimento compungido ou não, o mundo cristão autoflagela-se nesta época.

Indiferente a construções humanas, a natureza continua impávida e serena no seu borrifamento inexorável acerca desta "ferrugem orgânica" que é a vida por sobre a Terra.

Os animais continuam alegremente a devorar-se entre si, quem tem de morrer e nascer fá-lo apesar de ser Páscoa e todas as verdades velhas do mundo continuam iguais a si mesmas.

Entretanto, na absoluta pequenez de cada um, podemos fazer minúsculas diferenças.

Como dar esmola e olhar nos olhos de quem pede.
Não é preciso mais nada.

quinta-feira, março 24, 2005

O rei, o burro e a torre

Os animais não armam aos cágados.
Não usam jargão.

Ao contrário, as pessoas usam linguagem técnica. Muitas vezes por falta de civismo.


A directora de turma para uma simples mãe :

O seu educando não atingiu os objectivos propostos, não apreeendeu os conteúdos e portanto será proposto para um Plano de Recuperação.


O médico otorrino para alguém que deixou de ouvir:

A senhora teve uma queda coclear.


A jornalista para uma amiga:

Então não se vê logo que isto tem de estar escrito com caixa alta?


Um novo deputado na Assembleia da República:

Floralmente falando diria que os floreados são a maneira mais fácil de dizer coisa nenhuma com o aspecto de coisa qualquer, afinal eu nem sei como vim aqui parar agora já que aqui estou alguém me ensina a andar nisto?



O Diário da República:


clskjrç bLÇRIUºP OI POºçj cvaoewt ºoa89tuuehkjjh9bv8 posdgnawçlk4jvp 87GÝIP
T´+S+BONP OISETROUGWLEJmjbasjhyerq2497dfjh5k b´'09gitjwliu
fdçaimbo95t nlaiowiun0ubjkçprfo0j9a097VOBIRTSLQWIEUB OLWI.
Babel
O burro
O rei
Os pormenores contam

quarta-feira, março 23, 2005

O mundo por outro lado

É sempre diferente.

A BBC World repete até à náusea de 30 em 30 minutos o caso da mulher que não está em coma, cujo marido recebeu uma indemnização e já voltou a casar e teve filhos, cujos pais e irmãos não querem ver partir de forma irremediável.
Bush e o Papa metidos ao barulho e ocorre-me a frase de não sei quem que escreveu

"Há tão pouco amor no mundo...".

E Salamanca aqui ao lado fervilha de vida. Velhos, novos e assim assim saem à rua, fazem o que têm a fazer - compras, escola, brincadeira e trabalho - e vivem.

De regresso ao caos visual e à tristeza portuguesa leio o exemplo sueco na reforma da administração pública. E interrogo-me:
Quem pretende reformar a Administração Pública portuguesa terá alguma vez visto, em carne e osso, uma contínua do Ministério da Educação?

domingo, março 20, 2005

Quarto com vista

sábado, março 19, 2005

Chuva
O único, o maior, a estrela da Blogosfera:
No início era assim

sexta-feira, março 18, 2005

alegoria da caverna

As regras da Educação


Num cenário idílico de fundos disponíveis, governos sensatos e políticas adequadas para a Educação, parece-me que há um pauzinho na engrenagem de que ninguém fala e que é a motivação dos professores, ou seja, não haverá mudança nas escolas se os professores efectiva e convictamente não aderirem à idéia de que algumas das práticas "antigas" como decorar a tabuada e aprender a acentuar o "à" - para não falar em coisas terríveis como resolver problemas ou até fazer uma pesquisa com pés e cabeça - são absolutamente necessárias, e não haverá director de escola, ou reforma, ou incentivo que nos valha.

Em Extensão Rural, na Universidade, ensinaram-me que os agricultores são muito avessos à mudança - envelhecidos, ignorantes e pobres, a segurança do que já conhecem é um verdadeiro salva-vidas; então quando era preciso introduzir uma inovação tecnológica a única forma de os convencer era fazer um campo de ensaio - em que num lado plantavam o milho de maneira tradicional e no outro de forma inovadora; quando o "milho moderno" desatava a crescer por ali acima, de repente como S. Tomé, todos acreditavam no valor da inovação - fosse ela sementes híbridas, maneio, aditivos ou controle biológico de pragas... E depois era muito mais fácil fazer reformas. Eu também vi - com estes dois que a terra há-de comer... - os campos de ensaio a funcionar em Trás-os-Montes, antes de a Comunidade Europeia dizer aos nossos agricultores que nasceram no século e no país errados...

Vem isto a propósito da necessidade - deve ser uma idéia peregrina porque afinal ninguém fala disto - de demonstrar que algumas práticas do antigamente são boas para a Educação; em milhentas conversas que tive com professores ou pessoas ligadas ao Ensino a conversa acabava sempre de forma abrupta quando eu defendia que saber a tabuada de cor libertava as crianças porque em vez de estarem titubeantes a tentar encontrar o resultado de 2 x 3 estavam com o 6 adquirido e libertos para raciocinar o passo seguinte; mas não dominando eu o eduquês matavam-me logo com longas dissertações acerca do processo "ensino-aprendizagem", os métodos traumatizantes, etc, etc.



Eu tinha a sensação, quando comecei a dar aulas em 92, que o mundo que se retratava nas escolas era uma realidade paralela - tipo alegoria da caverna - mas agora tenho a certeza que o bom senso é uma coisa de tal forma arredada pelo novo riquismo do eduquês que a minha filha - que vai fazer 6 anos em Abril- está inscrita simultaneamente numa escola primária oficial e num colégio religioso; se lhe calhar em má sorte uma professora novinha das ESES, mudo-a para o colégio das freiras - onde eu própria estudei e expiei os pecados da condição humana - aceitando que a pesada carga da injecção clerical será um mal menor, face ao horror de ter a minha fillha durante quatro anos a tentar juntar sílabas.
Se lhe calhar uma professora das boas - à antiga - vou achar que continuo a ter uma estrelinha de sorte lá em cima, naquele sítio para onde o Sagan começou a olhar em criança e que trouxe para mais perto de nós, porque afinal, lá onde ele estudou, ainda há regras, como antigamente...

A receita

A receita da muce vem de família. Já a da pasta de atum nem por isso.
É um dever cívico partilhar as coisas boas. Por isso cá vai

Mousse de Chocolate

200 g de chocolate preto ( Lindt ou outra marca boa; os nacionais têm pouco cacau)
10 ovos ( de produção biológica; querem que isto saiba a alguma coisa não é?)
10 colheres de sopa de açúcar ( do Comércio Justo http://www.coresdoglobo.online.pt )

Derrete-se o chocolate em Banho Maria, (perguntem ao Animal como se faz, ele sabe...).
Batem-se as gemas com o açúcar, vigorosamente.
Junta-se o chocolate derretido e mexe-se.
Acrescentam-se as claras batidas em castelo, às colheradas e envolvendo a as claras no preparado anterior, sem bater.
Vai ao frigorífico uma noite.

Acompanha festas muito bem.

O mundo do trabalho

Precisa de se adaptar ao mundo das famílias, ao mundo das pessoas.
Tudo se passa de forma rígida, abrupta, anti-natural.

Propostas

Preparar a entrada, as saídas temporárias e a saída definitiva no mundo do trabalho de forma gradual.

Entrar em part time, aproveitar a experiência de quem está de saída ( em part time).
Sair para formação prolongada ou para acompanhar as crianças, "passando a pasta" com tempo.

Prever "folgas" semanais para as "voltas" da burocracia, das idas ao banco, ao médico, à escola dos filhos, a tantos lugares onde se vai à pressa porque se está a roubar tempo ao emprego.

Tempo para respirar.
Tempo para viver.

quinta-feira, março 17, 2005

Povoação, Açores Posted by Hello
respirar Posted by Hello

O prometido é devido

Pois a comadre Aurora andava a ameaçar.
É desta:
Declaro oficialmente inaugurado o Belogue Cívico.
(Cívico para os íntimos...)